21 de março de 2017

Atrações em Santarém

A natureza é a grande atração de Santarém, começando com um passeio a Alter do Chão ou ao Lago Maicá, a beleza intocada da floresta Amazônica surge em todo seu esplendor. De fato a Amazônia é o lugar onde nascem os superlativos. Não há como não o ser. Começamos com o próprio Amazonas, que neste ponto tem a largura de mais de 30 km e profundidade média de 70 m com pouca declividade e navegabilidade perfeita.

O Tapajós, e suas águas da cor de esmeralda se impõe soberano quando, na época da vazante, surgem mais de 120 km de praias de areia branca. Quando desemboca no Amazonas sua largura é de 19 km.

Nos arredores de Santarém, encontramos de tudo um pouco, cachoeiras, floresta intocada, extensas plantações de soja, praias de rio, o encontro dos dois gigantes – Amazonas e Tapajós – e muito mais. Deixe-se levar pelo ritmo do rio num passeio a pé pela cidade, explorando a beira-rio e a arquitetura tradicional; visite as lojinhas de artesanato não se esquecendo que as redes feitas aqui são iguaís às que os nossos índios usam há séculos. Outra atração é comprar reproduções da lindíssima cerâmica tapajônica, de um povo que habitou esta área há mais de 12 mil anos! O mais interessante é visitar o mercado e ver o que está à venda, peixes, frutas e uma série de delícias e não se esqueça que aqui é a terra da castanha-do-pará – fresquinha e com um sabor e textura completamente diferentes dos que conhecemos. Imperdível. Os barzinhos e restaurantes da orla servem comida local, como os peixes da amazônia com nomes que nunca ouvimos falar. Se gosta de observar pássaros, o Lago Maicá é o destino.

Será que poderíamos dizer que a Amazônia é o Planeta Água? Sem a menor dúvida, é só sair de barco num passeio para ver a diversidade e a beleza intocada de uma floresta tropical! Cada lugar que visitar é uma atração em si.

O meio de transporte mais usado na Amazônia é a canoa; uma “voadeira”; a “rabeta”; o barco típico com acomodação em redes ou ainda um navio que faz a ligação Belém / Manaus com escalas ao longo do trajeto. De Santarém, pode-se visitar de carro ou van alguns lugares interessantes.

A atração número 1 é Alter do Chão, vilarejo de cerca de 3 mil habitantes, 30 km ao sul, às margens do Lago Verde no Tapajós. Aqui as águas cor de esmeralda e praias de rio com areia branca são únicas. Os melhores meses do ano para uma visita a Alter do Chão é entre os meses de Junho a Dezembro quando as águas estão baixas, revelando o tesouro das lindíssimas praias.

As outras atrações são:

Arapiuns: lugar de floresta intocada.

Floresta Nacional do Tapajós (FLONA): numa área de 650 mil hectares os visitantes, acompanhados de um guia florestal, passeiam pela floresta – uma revelação. Ao longo da trilha o guia nos mostra algumas árvores e suas qualidades,animais e pássaros que muitas vezes não são percebidos pelos visitantes.

Belterra: a 43 km de Santarém, foi sede de um projeto extrativista de borracha conduzido por Henry Ford no início do século XX. A produção do látex era exportada para os Estados Unidos para a produção de pneus que supria seus veículos.

Igarapé do Jari: comunidade que preserva os costumes caboclos como a casa da farinha, a pesca e o uso da floresta que fornece os alimentos básicos de sua dieta. Caboclo, palavra usada há séculos pelo índios, tem origem em caa-boc – que significa “quem vem da floresta” e igarapé, pode ser traduzida como “o caminho da canoa”, pequenos rios ou canais que ligam os lagos e os rios e que só podem ser atravessados por canoas de pequeno porte.

Lago Maicá: lagos na Amazônia não são como os lagos que conhecemos em outros lugares. Um lago aqui é sempre ligado por um canal a um rio, igarapé ou outro lago. O povo daqui sabe que o Maicá é um berçário de peixes que atrai pássaros, mamíferos e répteis. Local ideal para os observadores de pássaros ou talvez pescar piranhas, famosa por comer a isca do anzol sem que o pescador o perceba!

Óbidos: chamada de “A Garganta do Amazonas” é onde o Amazonas é mais estreito – 1890 m entre suas margens. Chama-se os habitantes de Óbidos de “fivelas” pela forma que o rio toma ao passar em frente à cidade – uma espécie de “fivela”. Talvez numa compensação por ser tão “estreito”, o rio chega aqui a uns 100 m de profundidade. Em 1637 o jesuíta, Frei Cristovão de Acuña, escreve em seu relatório de viagem: “Lugar sem dúvida previsto pela Divina Providência, estreitando este mar doce para que na sua angustura se pudesse construir uma Fortaleza, a fim de impedir o passo de qualquer armada inimiga, que além de trazer sofrimento aos índios, contrabandeiam as riquezas da região.” A fortaleza é construída em 1697 e se torna o primeiro assentamento na região. À volta de Óbidos houveram muitas batalhas travadas com invasores que queriam explorar a Amazônia sem terem a permissão da Coroa Portuguesa.

Alenquer: de sua nascente até este ponto, o Amazonas é quase plano com uma declividade de cerca de 15 m seguindo assim até o oceano Atlântico. Entretanto em Alenquer, o rio forma gargantas, vales com várias cachoeiras e formações rochosas. Uma das atrações de Alenquer á “A Cidade dos Deuses”, em suas paredes o testemunho de foi habitada há mais de 14 mil anos! A caminhada é surpreendente e os lugares visitados são lindíssimos.

Bosque Santa Lúcia: iniciativa de Steven Alexander que mora aqui desde 1979 e se dedica de corpo e alma ao estudo deste ecossistema. Poderíamos dizer que o Bosque Santa Lúcia é uma biblioteca viva, uma pequena amostra do que é a Amazônia. Aqui se encontram mais de 200 árvores e plantas nativas, um verdadeiro acervo vivo.

Monte Alegre: na Serra do Ererê, perto da cidade, foram descobertos vestígios de mais de 14 mil anos de uma civilização que habitou esta área. Uma caminhada pela floresta, nos leva ao passado!